De novo pelos belos trilhos pedestres de Portugal, fomos percorrer o bonito PR4-Rota dos Caminhos com Alma. A vegetação autóctone encantou pela diversidade.
"A alma das gentes serranas está presente nos mais belos recantos de aldeias e bosques da serra do Caramulo, onde carvalhos, sobreiros e castanheiros se erguem majestosos da Gândara ao Sobreiral tornando o ar mais puro."
"Percurso circular com, aproximadamente 10 Km, tem início e fim na aldeia de Covelo (União das Freguesias de Arca e Varzielas), na rua da Barreira, junto ao Caminho Municipal número 1285. Pelas ruas antigas da aldeia de Covelo, ladeadas pelo casario rural de granito e xisto, encaixada num dos vales da encosta norte da serra do Caramulo, e onde os habitantes mais idosos ainda usam trajes típicos dos povos serranos, inicia-se a rota. Neste pequeno vale fértil, com abundância de água, protegido do frio e dos ventos, são ainda visíveis vestígios do trabalho rural. As alminhas presentes ao longo do trilho são motivo de orgulho para os habitantes que, sobre elas, relatam histórias de tempos passados. Pelo caminho do sacramento - caminho antigo de ligação entre as aldeias de Covelo e Arca - sobe-se sob a proteção de carvalhos e castanheiros, banhados pela pequena ribeira. A pedra “poisadoira”, envolta em histórias e simbolismo, continua sublime, embora sem a função de outrora (poisar os caixões para rezar e descansar durante os funerais). Até à entrada de Arca, onde surge um pequeno aglomerado de casas em granito e xisto, o percurso é feito a subir. A poucos metros surge o Dólmen de Arca. Classificado como Monumento Nacional desde 1910, o monumento megalítico testemunha a remota ocupação humana destas terras. Próximo deste local temos o Carvalhedo da Gândara, a maior mancha nacional contínua de carvalho-alvarinho (Quercus robur). Neste parque as árvores centenárias, a sombra e o fresco que delas emana, tornam a paisagem invulgar e convidam a uma paragem para descansar ou desfrutar da natureza e da pureza do ar, testemunhada nas “barbas de velho” (Liquens plumunária) que pendem dos ramos, provocando uma visão única mesmo em pleno inverno. O trilho prossegue por campos, carreiros e caminhos rústicos da aldeia de Paranho. Esta mantém ainda os traços originais na parte mais antiga. As suas ruas estreitas travam a adulteração das marcas que a caracterizam mas, simultaneamente, também conduzem ao abandono dos residentes."
Sem dúvida um excelente percurso que se recomenda!
Álbum de fotos
PR4_Flyer
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