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sexta-feira, 18 de maio de 2012

PR3-Trilho do Vale do Ceira I

O nosso país tem recantos que são verdadeiros paraísos naturais. Os percursos pedestres levam-nos a conhecê-los, sendo o Trilho do Vale do Ceira um dos mais belos e interessantes percursos que já fizemos até agora.


Começámos esta magnífica caminhada de cerca de 14 kms, a partir do lagar da Cabreira, um antigo lagar de varas comunitário que ainda se encontra operacional. Neste lugar que também é praia fluvial, pode-se observar as "Tulhas", ou seja pequenas construções de xisto, pedra típica desta zona, cuja função era o armazenamento da azeitona.

Este belo local tem ainda uma ponte ponte romana que atravessa o rio Ceira, tornando este espaço num dos "ex-libris" desta bonita região do país, que merece uma visita mais prolongada.



A caminho do aldeia da Sandinha, seguimos por um caminho que dava acesso a todas as margens do rio Ceira e aos terrenos férteis que o ladeiam.





Continuámos a nossa caminhada observando bonitas paisagens até um local onde o rio foi desviado do seu percurso original, passando agora por um túnel escavado na rocha, tendo por cima uma habitação bem típica desta região.




Após o habitual pic-nic seguimos até à Candosa, uma bonita aldeia na margem sul do rio Ceira, que é constituída por uma interessante mistura de grandes habitações de xisto restauradas e casas pintadas. Também se podem admirar a bela paisagem rural que o percurso proporciona, bem como construções à medida das necessidades dos habitantes locais, tais como habitações, palheiros e currais, a par da generosidade da natureza.






Por aqui se encontram motivos para uma visita mais pormenorizada. O moinho, o lagar de azeite, caminhos antigos com magníficas paisagens.



Retomámos o percurso, agora até ao lugar das Pocariças, uma aldeia desabitada. Continuámos a deslumbrar-nos com a beleza paisagística, a calma, os aromas da Primavera, enfim um sem número de sensações, que um bom passeio pedestre proporciona ao pedestrianista.





O roteiro alertava para uma parte do percurso mais difícil até à aldeia de Cadafaz. Com um desnível de cerca de 940 metros e com um grau de inclinação de respeito, lá fomos progredindo. Uma boa preparação física para a grande maratona mototurística que se avizinha, o Portugal de Lés-a-Lés.


Terminada a "escalada", fomos presenteados com uma chegada digna de registo à aldeia. Cadafaz encontra-se muito bem preservada, onde podemos encontrar um local rico em história para além dos seus singelos monumentos como a Igreja, a Capela de S.António ou a fonte dos Portos.









Depois de um café há muito aguardado e com as forças repostas, prosseguimos de volta ao local de partida. Uma antiga estrada delimitada por muros acompanhou-nos por algum tempo, passando por algumas casas ocupadas por cidadãos estrangeiros que vieram até este pedaço do paraíso, procurando naturalmente uma vida mais saudável, em plena comunhão com a natureza.



Já na recta final deste belo passeio pedestre, avistámos a Cabreira, chegando ao Lagar da Cabreira, para uma vez mais apreciar calmamente aquele maravilhoso espaço de lazer.





De volta a casa ainda passámos por Góis, capital natural do mototurismo, com uma paragem bem junto à ponte que atravessa o Ceira, que agora segue mais calmamente a caminho do Mondego.

Foi sem dúvida alguma dos percursos mais interessantes que fizemos e aconselhamos a quem o queira fazer.

Passear a pé é uma excelente alternativa para conhecer ainda melhor este nosso cantinho à beira mar plantado.

Até breve noutro qualquer trilho pedestre.

Álbum de fotos

2 comentários:

  1. Percurso muito interessante, a realizar brevemente, documento muito bem concebido obrigado.
    Sílvio Fernandes

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